domingo, 16 de novembro de 2008

Disco da Semana_03

A maioria das coisas sobre as quais escrevo aqui são gringas. Por um lado é mais do que óbvio que prefiro, mas não por ser de fora, e sim por que eu acho certas coisas melhores. Simples assim. E a culpa disso não é minha. Nem de perto. Se houvesse alguma coisa que realmente me agradasse eu não estaria falando isso, mas hoje não tem nada, absolutamente nada de bom por aqui. Talvez o Vanguart, mas mesmo assim, é pouco demais. Por isso vou sim colocar um disco brasileiro no disco da semana. Tudo bem que tem inúmeros discos sensacionais, mas não tô dando nenhuma medalha de ouro pra este disco. É apenas mais um ótimo álbum. "Acabou Chorare", dos Novos Baianos é uma coisa. É pop, samba, experimental, folk, rock tudo junto. Tudo muito bem arquitetado pela guitarra do Pepeu Gomes, pela voz da Baby e pelo sentimento que o Moraes Moreira consegue ver em uma mulata descendo a ladeira. Bom, juntando isso com ótimas letras e a "A Cor do Som" como banda de apoio, não precisa dizer mais nada. É um álbum que quem não conhece precisa conhecer, e se você não gostar acho que no mínimo vai respeitá-los. Infelizmente pouca gente consegue ver rock em português, ou respeitar rock em português, e menos ainda conseguem fazer rock em português. Assim como não se faz samba em inglês. Talvez por eu ser um fã incondicional de rock (mesmo gostando muito de gêneros brasileiros) ache tudo que temos aqui hoje fraco. Nem samba se faz direito mais. Enfim, existem muitos porquês disso, mas isso fica pra próxima.

Ano: 1972

Músicas:

01. Brasil Pandeiro
02. Preta Pretinha
03. Tinindo Trincando
04. Swing de Campo Grande
05. Acabou Chorare
06. Mistério do Planeta
07. A Menina Dança
08. Besta é Tu
09. Um Bilhete Pra Didi
10. Preta Pretinha (reprise)

Mistério do Planeta - Novos Baianos:


segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Lado A e Lado B

Sim e não. Essas foram as únicas duas respostas que ouvi quando perguntei pra maioria dos amigos e chegados se o filme "Durval Discos" é bom. Nenhum "talvez" ou , "falta isso, mas é bom", ou qualquer outra opinião. E eu adoro isso. Queira você goste ou não, ele te causa alguma coisa, ou ele te irrita com a personagem que é mãe do Durval e pelo ambiente claustrofóbico, ou te conquista pelos mesmos motivos. (logicamente que quem gostou não pensa dessa maneira)Pra enriquecer mais ainda, o filme tem uma das melhores trilhas sonora que eu já vi num filme brasileiro, se não a melhor. Dona Carmita, mãe de Durval é um personagem à parte. Kiki, a meninha, é tão fofa que apaixona. Durval, um romântico que não aceita a chegada e o domínio dos cds no mercado, vive sonhando com seus discos de vinil e defendendo sua sobrevivência. Por falar em vinis, estava lendo algumas críticas feitas ao filme e algum ser que no mínimo não pensou ao escrever disse que era péssimo pois ele não via relação nenhuma da loja de discos com o filme. É exatamente por isso que este, e tantos outros, não entenderam o filme. É genial a analogia. O subítulo do filme é "Tudo na vida tem um lado A e um lado B". Pra quem viu, é bem óbvia essa relação. Quando tudo parece ir bem o disco (vida da família) vira e começa o pesadelo de Durval e sua mãe. As proporções de dramatismo e humor que vão dominando o filme são tão bem feitas e interpretadas que me dominaram. E é isso o mínimo que eu espero de um filme, que ele me prenda. Logicamente que muitos fatores, tanto cinematográficos quanto de estado espírito de quem assiste, fazem você gostar ou não de um filme. Pra mim tudo se encaixou perfeitamente. Não sou fã de cinema brasileiro, mas esse filme é fantástico. A atriz Etty Fraser, mãe de Durval, merecia pelo menos um prêmio em Gramado. Enfim, é excelente. E Durval, tem muita gente que ainda ama os vinis, como eu.

Trailer do filme:



Direção: Anna Muylaer

Elenco: Ary França (Durval), Etty Fraser (Carmita), Marisa Orth (Elisabeth), Isabela Guasco (Kiki), Letícia Sabatella (Célia), Rita Lee (Tia Julieta)

Ano: 2002

Trilha sonora:

01. Mestre Jonas - Os Mulheres Negras
02. Que Maravilha - Jorge Ben
03. Maracatu Atômico - Gilberto Gil
04. Madalena - Elis Regina
05. Irene - Caetano Veloso
06. Ovelha Negra - Rita Lee
07. Back In Bahia - Gilbetto Gil
08. Alfômega - Caetano Veloso
09. Besta É Tu - Novos Baianos
10. Xica Da Silva - Jorge Ben
11. London,London - Gal Costa
12. Pérola Negra - Luiz Melodia
13. Mestre Jonas - Sá, Rodrix E Guarabyra

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Coldchatos

Desde a minha primeira postagem só venho elogiando e colocando coisas que eu gosto aqui. Mas hoje não, hoje será diferente. Apesar de doer ceder um espaço para algo que não gosto, minha revolta é maior do que isso. Acontece que existe uma banda por aí que muita gente gosta e eu acho um pé no saco, e por mais que tentem me convencer eu não gosto. A tal banda é o Coldplay. E não é pelos músicos ou pela música deles. Fato é que a postura deles me incomoda demais. Existem algumas canções que até acho que são boas (duas ou três no máximo), mas eles são chatos a beça. O vocalista, Chris Martin, é sem sal e ainda tem a pretensão de ser o novo Bono Vox. O engajamento em uma banda de rock é uma das coisas mais me perturba. E o que eles fazem é bem diferente do que o Radiohead faz. Chris Martin usa seu grupo pra ficar fazendo apologias, enquanto Thom Yorke, se não concorda com o ato, apenas não o faz, sem ficar usando disso pra se promover como um "salvador" do mundo. O som deles não é ruim, não mesmo, mas também não é super legal, nem mesmo legal. Acontece que eles são coxinhas demais pra serem rockstars, atitude zero (exceto quando é pra salvar o mundo), são certinhos demais querendo ser malandros e ainda por cima eles acreditam piamente que serão o U2. Pra quem não sabe o Bono nem sempre foi o "embaixador da paz e defensor da vida". Antes disso ele fez cinco ótimos cds e é o único, hoje em dia, que pode, e sabe ser bonzinho sem deixar o título de rockstar. E outra, a música do Coldplay não chega nos pés da do U2 (ps: eu não sou fã do U2, aliás, bem longe disso, mas algumas coisas a gente tem que admitir). O pior de tudo é como esses coldchatos fazem sucesso com aquele sonzinho enjoativo e mole. Não entra na minha cabeça isso, não tem verdade nenhuma naquilo, me parece tudo tão falso e minimamente planejado que me irrita. Porém, um dia ouvi que toda unanimidade é burra...se é verdade eu não sei, mas nesse caso espero que seja.
Pra não dizer que não gosto de absolutamente nada deles, eles tem clipes muito bem feitos, mas ainda assim não me convencem.
Já que falei que eles não são verdadeiros (pelo menos pra mim) aqui vai uma aulinha de sentimento pra eles:

Thirteen - Elliott Smith:




PS: Esta música é do Big Star, mas por falta de vídeos coloquei a versão do Elliott Smith. Ambos dispensam comentários, pois teria que escrever o dobro de tudo que já fiz pra expressar o quando gosto deles.

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Bruges, aí vou eu!

Como falei aqui na primeira postagem, cada filme que passa eu fico mais impressionado e fã do Colin Farrell. Depois que vi Pergunte ao Pó, Sonho de Cassandra comecei a respeitar o cara. Depois disso vi um filme absurdamente legal e adivinha quem tava lá? Lógico, ele mesmo. O filme em questão é novo e não sei se ainda saiu aqui no Brasil (ahá, disse que ia me atualizar!). A história não tem nada demais, é simples, mas é passada numa cidade linda (Bruges, na Bélgica) e conta um humor muito esperto, na hora certa e na dose certa. Não é uma comédia, mas os momentos cômicos são bons demais. Trata-se de uma dupla de assassinos de aluguel que tem que passar uma temporada longe das tarefas por terem falhado numa delas. Na Bélgica, o que Colin faz é ficar falando mal do país e bebendo, até que, logicamente, a única coisa que poderia prender um homem nessa situação em um lugar que odeia é uma mulher, e é isso que ele encontra. A partir daí o filme começa a se densenrolar (ou se enrolar!) e com pitadas de humor a tensão vai te prendendo até o final. "In Bruges", ou "Na Mira do Chefe" em português, é um ótimo filme que mostra como tá maduro Colin Farrell, e como ele consegue ser cômico, dramático ou aventureiro. Babação de ovo a parte, a única coisa que todo mundo tem que prestar atençaõ nesse filme é no anão, isso mesmo, um anão. Ele é tudo no filme. Ah, a moça é uma graça também. Enfim, vale assistir.
Ano: 2008
Elenco: Clémence Poésy , Brendan Gleeson, Colin Farrell
País: Inglaterra/Bélgica
Curiosidade: Bruges foi enfeitada durante um mês por causa do filme. Não era época de Natal e tudo é natalino no filme. E a palavra fuck aparece uma vez por minuto em todo filme.
Trailer do filme:

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Disco da Semana_02

A primeira vez que me falaram da tal da Amy Winehouse não fazia idéia de quem era cheguei a despreza-la por um bom tempo, pensando ser algum tipo de Lily Allen, ou algo do tipo. Uma idiotice, visto que nem sabia do que se tratava. Por acaso um amigo deixou no meu computador e resolvi escutar. Eu simplesmente caí de amores por ela. Me apaixonei, ouvia o tempo todo. E mais do que a própria música, que é sensacional, o mais legal de tudo nela é a postura! Além de ser bêbada, das roupas, penteado, voz e som retrô, ela vem fazendo escolinha. E a primeira moça a seguir seus passos é uma galesa, loira, só que bem mais equilibrada que Wino. Pra quem não lembra (ou não sabe), o prmeiro disco da Amy não tem nada demais, mas dá pra ver que se alguém sacasse qual era a dela ela estouraria, como aconteceu. Duffy (a aluna) já vem muito mais preparada. A voz é linda, mas diferente de Amy, ela é simpática que só e tem um rosto e um corpinho bem mais salutares que o de Amy (apesar da Winehouse ser charmosa como poucas, pelo menos quando ainda era um ser pensante), e o primeiro cd já é um disco muito bom, mesmo. "Rockferry" é metade sensacional e a outra metade fica pelo caminho, mas calma, é só o primeiro disco da moça. E apesar de alguma semelhança, eu acho que ela e a Amy seguem caminhos diferentes. Sabe aquela história de que é "igual, mas diferente", então, eu nem sei explicar (ou até saiba), mas é só escutar as duas pra perceber isso. Enfim, também me apaixonei por ela. Confesso que é um som muito mais agradável a ouvidos femininos, mas o que posso fazer. É bonito demais. E queira você goste ou não, ela é linda sim.
PS: o segundo disco da Amy ("Back to Black") só não é o dessa semana porque.....na verdade eu não sei o porquê, mas tenho certeza de que é melhor que esse. Talvez ele mereça algo mais especial.
Nome: "Rockferry"
Ano: 2008
01 - Rockferry
02 - Warwick Avenue
03 - Serious
04 - Stepping Stone
05 - Syrup & Honey
06 - Hanging On Too Long
07 - Mercy
08 - Delayed Devotion
09 - I'm Scared
10 - Distant Dreamer
Duffy - Warwick Avenue, no Later...With Jools Holland :

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Um é pouco, dois é bom, três é (bom) demais.

Apesar do intuito do blog, não tenho tido tempo para ver muitos filmes, mas vou tentar me atualizar e assistir filmes mais novos. Fora os clássicos, espero que esse seja o último post de filmes que ficam no meio do caminho entre os clássico e dos lançamentos. Enfim, aqui vou eu. Sempre tive um pé atrás com o Tommy Lee Jones, mas depois que vi o filme que ele dirigiu, me rendi. Ele é legal demais. A começar pelo papel dele no filme, um capataz simples de uma cidade na fronteira EUA-México. Apesar de ser um homem rústico, ele é elegante (na postura) que só e é o amigo mais leal que poderia existir. O cenário de faroeste (moderno em relação aos clássicos do estilo, lógico), com muita poeira, cavalos a rodo e tiros de cartucheira é mais do que ideal e a montagem da história é muito esperta. Mas o que mais me impressiou é como tudo isso teve a mão do Tommy Lee. Vendo alguns extras descobri que ele fez com que o elenco lesse o livro "The Stranger", de Albert Camus (não faço idéia do que seja esse livro e esse sujeito) para que o pessoal entendesse a alma, a "verve" do filme. Bom, visto o filme acho que devo ler o mais rápido possível este livro. E Tommy acertou em cheio, não sei do que se trata o livro, mas deve ser algo muito, mas muito intenso, uma enchurrada de sentimentos. Além disso, Tommy está impecável desde a atuação até a direção. É demais! Parece que o tal do Tommy Lee tá melhorando enquanto envelhece. E outra, acho que ele se colocar no lugar da estrela principal do filme ajudou, e muito, a perceber o quão bom ele é. Tanto que depois desse filme ele ainda atuou no excelente "Onde os fracos não tem vez", mas isso é assunto pro próximo post, ou não né, prometi que ia me atualizar. Até!
Pra variar saí falando e esqueci o nome do filme, então tá aqui: "Três Enterros", de 2005. Agora sim, até!
PS: Não encontrei o trailer legendado, mas aqui vai o link para download do filme :

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Live Forever!

Quando uma das bandas que você mais ouviu na vida renasce em grande forma é a coisa mais gratificante que existe. Acho que depois dos Beatles e Nirvana a primeira banda de rock que ouvi foi o Oasis. Quando conheci eles estavam no auge e tudo que tinham feito até então era uma obra-prima. Mesmo, sem exageros. Mas quando realmente comecei a acompanhar tudo da banda eles começaram a fazer disco ruim atrás de disco ruim. Parecia que tudo que eles tinham em mente eram aqueles dois primeiros e maravilhosos álbuns (Definitely Maybe, de 94, e (What's The Story)Morning Glory, de 95). Parecia que a fonte da onde tinha vindo aquelas músicas tinha secado e fez muita gente desistir deles. Mas não! Não desistam. Eles voltaram! Com um certo atraso, concordo, mas como voltaram. E não é só por causa do novo cd. 2005 foi o ano crucial pros irmãos Gallagher. Eles estavam sumidos, nem nas confusões estavam aparecendo mais, quando de repente surgiram com "Don't Believe The Truth", um puta disco. Hoje, depois de uma semana inteira ouvindo incessavelmente "Dig Out Your Soul", acho que eles voltaram de vez mesmo. O cd que acaba de sair é ótimo, nada inovador, admito, mas é ótimo. Noel sabe como poucos fazer rock de verdade, parece que ele tem uma cartilha de como se fazer música e ser rockstar. Liam sabe mais ainda sobre como ser rockstar, mas antes ele só sabia isso e cantar. Nos últimos anos ele vem compondo, e cada vez mais e melhor. Parece que eles finalmente descobriram que se um não ajudasse o outro o Oasis ia acabar. Lógico que isso não significa que eles estão se dando super bem, bem longe disso, mas quando o assunto é música eles estão em perfeita sintonia. Tanto no som quanto na atitute ainda não surgiu ninguém pra tomar deles o posto de verdadeiro rockstars (por favor, isso não quer dizer que não existam ótimas bandas, mas pra tirar a coroa de ROCKSTAR deles a galera vai ter que suar muito ainda). Enfim, esses dois últimos cds, pra mim, fizeram eles renascer em grande estilo, o que me faz muito feliz.

Obs: Não comparem esses dois cds com os dois primeiros nunca, aquilo é de outro planeta, eles não vão fazer mais nada igual àquilo.

Músicas de "Dig Out Your Soul":











01 - Bag it Up
02- The Turning
03- Waiting For The Rapture
04 - The Shock Of The Lightning
05 - I'm Outta Time
06 - (Get Off Your) High Horse Lady
07 - Falling Down
08 - To Be Where There's Life
09 - Ain't Got Nothin'
10 - The Nature of Reality
11 - Soldier On

I'm Outta Time - Oasis:

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Do que os meninos gostam!

Gostar dos filmes mais obscuros vindos de países do leste europeu nunca foi o meu forte. Logicamente que já vi alguns (não necessáriamente do leste europeu) , e até gosto de vê-los, mas ultimamente coisas cabeçudas ou cult (odeio o termo) demais me dão certa preguiça, ou sempre me deram. Outro dia um amigo me chamou para ir no cinema pra ver um comédia. Pra me convencer ele falou que era algo do tipo "Porky's". Eu não consegui imaginar como hoje em dia alguém faria algo do tipo, não botei muita fé, mas fui. Do momento em que começou até o final dele ri muito, o filme tem uma constância de piadas inacreditável. Claro que com picos e outras mais óbvias, mas a quantidade desses picos é que impressiona. O enredo é o mesmo de tantos outros filmes de adolescentes americanos que se dão mal o tempo todo, com as mesmas caricaturas de sempre, que buscam as meninas de sempre, mas com o passar do tempo você vai reparando que não é só isso, ele tem sacadinhas atrás de sacadinhas que não fazem dele burro. Acho que a história contada no filme ser a mesma dos dois roteiristas, Seth Rogen e Evan Goldberg (eles começaram o roteiro quando tinham 13 anos pra ver se conseguiam fazer um filme) facilitou isso, mas não tira o mérito. No elenco ele tem Michael Cera fazendo praticamente o mesmo personagem que se mostra em Juno, só que, ao invés de estar "encrencado" com a gravidez de sua namoradinha, ele está curtindo com os amigos. (isso foi só mais uma analogia minha, embora exista quem concorde.) Enfim, apesar de não ser nenhum filme cabeçudo, nem cult, nem cool é o filme mais legal pra você se sentir bem e dar risada. Quer dizer, isso se você for homem, acho que a maioria das moças não vão gostar e irão achar mais um filme idiota de adolescente. E pode até ser, mas que é divertidíssimo e fez a barriga doer de tanto dar risada isso elas não podem negar. O tal filme se chama "Superbad - É hoje!" e se você for assistir preste atenção no personagem chamado McLovin, ele é o CARA!

Ano: 2007
País: E.U.A.
Elenco: Jonah Hill (Seth), Michael Cera (Evan), Christopher Mintz-Plasse (Fogell)

Trailer do Filme:

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Disco da Semana_01

Como eu posto todo dia aqui resolvi criar um dia em que coloco o "disco da semana". Não, não é um disco que acaba de sair ou algo do tipo, é apenas um ótimo disco (na minha estúpida opinião) que marcou época, ou que me marcou, ou que acabou de sair mesmo, não tem muita regra. A única é que precisa ser bom! E nessa primeira semana o disco é deles, que não tem nenhum hit (conhecido) e nem querem ser a maior banda de todos os tempos. É o último cd que umas das bandas mais legais da atualidade lançou. É o "Sky Blue Sky", do Wilco. Parece que a cada disco que passa eles ficam melhores e sabem fazer músicas, solos e letras melhores. O vocalista Jeff Tweedy escreve como poucos e o guitarrista Nels Cline é um monstro. Nada de solos extravagantes ou coisa parecida (mesmo porquê o Wilco não é isso), mas nas vezes que ele sola é desconcertante. O disco requer um certo tempo pra ser digerido, mas quando você entende, meu amigo, aí é quase impossível parar de ouvir. A partir daí quanto mais você ouve e vai descobrindo o disco, melhor ele fica. Já tinha ouvido várias vezes o álbum, mas foi num dia no meio do trampo, quando ouvi o solo da faixa 03, "Impossible Germany", que comecei a sacar qual era a desse cd. Aquelas três guitarras juntas vão te prendendo e te alucinando até chegar no auge da música. É maravilhoso!! Quando me dei conta do que era aquele disco fiquei semanas ouvindo e toda hora pensava, "que foda, como pode?", e ouvia de novo. O melhor do Wilco é que eles não fizeram sucesso, e cada disco eles são melhores. Tem muito sentimento e verdade em tudo que eles fazem, isso sem falar na qualidade dos músicos. Ramones era só verdade e sentimento, nenhuma grande virtude absurda os músicos tinham. Preciso falar mais alguma coisa?


Impossible Germany - Wilco no Lollapalooza :






Ano: 2007

Músicas:

01 -"Either Way"(Tweedy) – 3:05

02 -"You Are My Face" (Tweedy, Cline) – 4:38

03 -"Impossible Germany" (Tweedy, Wilco) – 5:57

04 -"Sky Blue Sky" (Tweedy) – 3:23

05 -"Side with the Seeds" (Tweedy, Jorgensen) – 4:15

06 -"Shake It Off"(Tweedy) – 5:40

07 -"Please Be Patient with Me"(Tweedy) – 3:17

08 -"Hate It Here" (Tweedy, Wilco) – 4:31

09 -"Leave Me (Like You Found Me)" – 4:09

10 -"Walken" (Tweedy, Wilco) – 4:26

11 -"What Light"(Tweedy) – 3:35

12 -"On and On and On" (Tweedy, Wilco) – 4:00

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Grávido, eu? Imagina?!

Como ainda não vi "Ensaio Sobre a Cegueira" e tô guardando o "Batman" pra um post especial vou falar do Juno. Ainda que tarde, mas preciso de mais tempo pra pensar do que a maioria. O filme é ótimo, o roteiro tem sacadas muito boas e conta com surpreendentes atuações dos jovens atores. Isso sem falar na trilha sonora, que tem até Velvet Underground. Eu me senti feliz e com vontade de ter uma namorada quando acabou o filme, uma namorada do mesmo jeito da do filme, e sem preocupações, mas ao mesmo tempo me veio uma dúvida: é mesmo tão fácil lidar com a gravidez na adolescência?(Só lembrando que eu estou longe, mas muuuuuuito longe de ser qualquer moralista, e que odeio fazer qualquer apologia, mas isso me pegou). Eu sou mais velho que os personagens e seria um "desastre" ser pai nessa altura da minha vida, e o filme mostra justamente o contrário. Será que doar um filho é tão fácil assim, ou será que tô ultrapassado(era só o que faltava!)? Certa hora a roteirista até nos convence de que é a melhor saída e pra isso usa(muito bem, por sinal) da fragilidade da mãe adotiva. Mas me desculpem, não é fácil como no filme. Bom, mas como acabo de dizer é um filme, né? Isso me deixa aliviado (apesar de acreditar que tem gente que faz a mesma coisa na vida real sim) e me fez ver o filme por duas vezes até aqui. A minha sorte é que quando me questionei sobre isso eu pensei, "ah, é um filme", fui lá e vi de novo. Pra que sofrer né? E posso dizer que é ótimo, adorei e, apesar dos meus pensamentos, ainda prefiro ficar com o filme. Enfim, acho que uma história bem contada, como essa, é muito mais legal do que qualquer discussão. Quem não gosta de um final feliz de vez em quando? E vai dizer que você não conhece ninguém que tenha falado pelo menos um "oohh, que fofo" quando viu essa música no final:
Anyone Else But You - Michael Cera e Ellen Page
Ano: 2007
Diretor: Jason Reitman
País: USA
Atores principais: Ellen Page, Michael Cera, Jennifer Garner e Jason Bateman

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Adolescência Fluorescente

CD do Ano, Artista do Ano, Clipe do Ano, Revelação, blábláblá. Quero que tudo isso se exploda. Não acredito em metade dessas coisas. Talvez porquê elas não satisfaçam meus gostos, ou talvez porque seja difícil escolher.
Mas como é época de eleição e adoro palpitar vou fazer a minha escolha. Precipitada, diga-se de passagem. Precipitada porque, primeiro, o ano não acabou e segundo porque ainda não ouvi o disco novo do Oasis, nem do Metallica, nem do Beck, nem mesmo o do Skank, porque não citá-los? Mas fora todos esses, do que ouvi até agora a coisa que mais me pegou foi o projeto do cérebro do Arctic Monkeys, o Alex Turner. O Last Shadow Puppets é nada mais que Alex e seu amigo Miles Kane querendo fazer um som diferente. Isso é lógico. Burro seria eles se juntarem pra fazer o que já fazem em suas respectivas bandas. Só que o simples desejo de querer fazer algo diferente e apostar em algo inusitado já me anima e me faz querer ouvi-los. Neste caso a proposta é muito mais legal do que o próprio som (e não estou desmerecendo em nada o som, até porque é pra lá de bom, é ótimo). A proposta é inteligente, o som é demais e os clipes são ótimos. E outra, só do Bowie ser uma das referências pra eles fazerem isso já é legal! Pra mim é clipe do ano, artista, música, revelação e tudo o que você quiser. Até o figurino do clipe ganha prêmio!Puta babação né, mas ó que coisa bela:

Standing Next To Me - Last Shadow Puppets

Nome do disco:

"The Age Of Understatement"

Músicas:

1-The Age of the Understatement

2-Standing Next to Me

3-Calm Like You

4-Separate and Ever Deadly

5-The Chamber

6-Only the Truth

7-My Mistakes Were Made for You

8-Black Plant

9-I Don't Like You Any More

10-In My Room

11-The Meeting Place

12-Time Has Come Again

UM PAR

Confesso que sempre tive um certo bode de artistas que depois de terem sua carreira consagrada numa banda começam a fazer discos solo. Mas como todo bom fã, a gente escuta até aquela primeira gravação que a banda fez na garagem do amigo e acha o máximo. Mas não é bode, na verdade é preguiça. Enfim, quando o Los Hermanos acabou os quatro integrantes estavam no auge de sua forma e o fim da banda deixou os fãs tristes. Amarante sempre teve um projeto paralelo, a Orquestra Imperial, e decidiu fazer dela algo mais sério, mas era mais legal quando eles se reuniam pra fazer alguns covers, o ato de fazer um disco parece que destruiu o que tinha de legal na idéia. Marcelo Camelo sempre foi fã de samba e resolveu apostar nisso. O disco solo acaba de sair e eu, como fã da banda (a partir do segundo cd, diga-se de passagem), não podia deixar de falar. E primeiro, odeio fanático doente por qualquer coisa que seja, que acha que qualquer merda boa. Marcelo Camelo é um ótimo letrista e tem ótimas idéias, mas o seu cd, "Sou", num geral é fraco. "Doce Solidão" e "Liberdade" são ótimas. A segunda ganha muito com a presença do mítico Dominguinhos. "Janta" conta com a prodígia Mallu Magalhães e é uma música um tanto quanto simpática. Mas de resto ele errou na mão, não me agradou. Não é péssimo nem ruim, mas falta alguma coisa, talvez uma agressividade que existia mais no Los Hermanos, e principalmente no Rodrigo Amarante. A combinação dos dois era a graça. O tempo que a banda deu era mais do que necessário, e acho que já está na hora de voltarem. Continuo gostando de ambos, mas ainda acho que a mistura deles é ótimo. Só pra lembrar um pouco de como era bom, não custa nada ouvir a sensacional "Condicional". É isso.

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

"Família é Família. Sangue é Sangue."

Pouca gente viu e quase ninguém deu bola. Mas a verdade é que "O Sonho de Cassandra" é sensacional. O último filme de Woody Allen conta com as ótimas atuações de Ewan McGregor, conhecido por filmes como "Trainspotting - Sem Limites", "Moulin Rouge", "Peixe Grande", entre tantos outros e do promissor Colin Farrell. Tenso, agunstiante e com o humor refinado típico de Allen o filme traz um enrendo parecido com o de "Match Point" e "Scoop- O grande furo" mas apenas lembra, porque é impressionante como Allen consegue fazer tudo igual ser diferente.. É parecido porque se passa na Europa novamente, tem uma linda mulher sendo desejada pelo personagem principal (e desta vez não é a Scarlett Johansson), pelos assassinatos envolvidos e principalmente pelo conflito em que os personagens se encontram. Mas Woody sabe como fazer tudo igual ser diferente e, como depois de tantos filmes consegue surpreender como poucos no final. Portanto vale assistir. Se você não se sentir angustiado, o mínimo que seja, é porque você durmiu!
Ah, e vale ressaltar que sou um dos maiores fãs desse diretor, mas isso não me cega, ou só um pouco.

Trailer do filme: